segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Imagem como recurso

A imagem como marketing

A web 2.0 como atitude de construção de uma relação comunicativa interactiva, dinâmica e criativa é utilizada por diferentes instituições, que através de um conjunto de ferramentas promovem a sua informação mais pertinente que justifica a sua missão / existência.

A imagem é um recurso importante no marketing que as Bibliotecas devem fazer. O marketing que importa às Bibliotecas é o que dá uso da sua acção, das actividades que promove, do contacto que promove com o seu público, do modo como incorpora as sugestões dos utilizadores nas suas plataformas digitais.

As questões que aqui discutimos devem ser contextualizados. A dimensão a que os agrupamentos chegaram, numa clara perda de identidade e de individualização, que são essenciais ao papel educativo das escolas, necessitam de uma personalização na forma de comunicar.

É preciso primeiro resolver a questão, dos uso nas escolas / bibliotecas do modo como as redes sociais podem aproveitar e utilizar recursos educativos. É necessário saber como os dispositivos móveis podem contribuir para a construção de aprendizagens mais criativas e próximas da socialização dos alunos.

O marketing que uma Biblioteca necessita de fazer, é uma campanha continuada que se promove pelas actividades que conciliam o lúdico e as actividades de literacia de informação. A imagem só será substantiva na promoção de uma organização, se ela der corpo a uma estratégia de lideranças institucionais. A não ser assim, as criações do mais talentoso artista, serão apenas evidências de possibilidades sem inscrição no quotidiano das instituições, isto é da Biblioteca.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Partilhar conteúdos - Apresentações

A Web 2.o como já sucessivas vezes afirmámos vive muito da partilha de conteúdos, dando-nos a expressividade que cada um consegue colocar sobre a informação e as suas ideias, dando assim voz à criatividade individual. É sem dúvida uma forma de expressão, mas de aprendizagem de ideias, formatos, formas de ver o que nos rodeia.

As apresentações em slideshare, os podcasts, a construção de apresentações que interligam a imagem, o som e o áudio enriquecem as formas de aprender e de comunicar. As apresentações dinâmicas permitam a organização de conceitos e até o seu mapeamento torna mais visual as distintas, cinésticas e divergentes formas com que a inteligência se exprime. Os podcasts permitem a uma Biblioteca fazer uma animação digital e uma promoção de recursos muito interessante e de marketing efectivo aos utilizadores.

E o que pode partilhar uma Biblioteca Escolar? Os conteúdos que podem junto dos seus utilizadores serem interessantes, formativos  e lúdicos. Os trabalhos dos alunos são importantes serem publicados, utilizando critérios de rigor e de qualidade científica, de modo a dar visibilidade, mas também para motivar outros a participar. Os documentos devem ser organizados em etiquetas ou    alojados em páginas próprias. A recuperação dessa informação é importante.

É importante fazer a protecção dos documentos sobre os downloads e é essencial a Biblioteca investir numa estratégia de copyright, que lhe garanta os direitos de autor nesta web 2.0. O registo no Creative Commons ou o IBSN (Internet Blog Serial Number) são algumas dessas possibilidades.

Partilhar Conteúdos - As Imagens

A web 2.o de que aqui temos falado propõe-nos mais do que infraestruturas digitais, ferramentas de criação, colaboração e partilha de ideias que se podem exprimir em diferentes formatos, apelando à criatividade e capacidade comunicativa de cada um. A Web 2.o é assim uma estratégia de comunicação ao serviço da educação e de promoção do valor institucional de serviços como sejam as escolas, as bibliotecas públicas ou as que aqui nos importam as escolares.

O Flickr permite utilizar a fotografia como suporte de localização para projectos tão diversos como a caracterização de um local, de arquivo de fontes históricas relacionando-as com um determinado espaço, que pode ser o local onde se encontra, ou um museu que o recolheu. Pode ser usado para a mostra de trabalhos visuais, de ilustração sobre uma temática, uma leitura realizada. O Flickr permite agregar colecções de imagens em função de etiquetas e de álbuns criados.

Levanta algumas questões que são as que a Web 2.o levanta em relação aos direitos de autor. Há uma difusão de ideias, de partilha de informação, base para uma construção de conhecimento, mas há uma perda evidente da autoria dessas ideias que se vai alterando e perdendo no processo de transmissão entre diferentes utilizadores. Existe no Flickr a possibilidade de criar um copyright mais controlado ou mais aberto, mas isso não garante a autoria dos documentos.


A experiência que vou tendo e aquilo que tenho feito tem passado por utilizar imagens de alunos em planos cuidados de modo a garantir no âmbito do grupo uma integração menos individualizada de cada elemento. A criação de um ficheiro com autorizações dos alunos, embora seja um processo moroso e burocrático pode atenuar as dificuldades da gestão da imagem. Fazer os encarregados de educação escolher entre a publicação nos suportes de papel (Boletins), a sua integração em blogs / sites permite-lhes escolher uma difusão dessas imagens com objectivos diferenciados.

Guia de Literacia de Informação - Partilha de Conteúdos

Actividade - partilha de Conteúdos

sexta-feira, 20 de abril de 2012


Um Podcast sobre a poesia de David-Mourão Ferreira (Uma experiência)

Vasco_Figueiredo

Vasco_Figueiredo by bibliotecer
Vasco_Figueiredo, a photo by bibliotecer on Flickr.
O Cubismo numa actividade do 4º ano no ano lectivo de 2010/2011.

Leonel

Leonel by bibliotecer
Leonel, a photo by bibliotecer on Flickr.
O Cubismo visto por crianças do 4º A no ano lectivo 2010/2011.

Luís Lin

Luís Lin by bibliotecer
Luís Lin, a photo by bibliotecer on Flickr.
O Cubismo visto por crianças do 4º A no ano lectivo 2010/2011.

Madalena

Madalena by bibliotecer
Madalena, a photo by bibliotecer on Flickr.
O Cubismo visto por crianças do 4º A no ano lectivo 2010/2011.

Daniela

Daniela by bibliotecer
Daniela, a photo by bibliotecer on Flickr.
O Cubismo, numa actividade desenvolvida pelo 4º A no ano lectivo 2010/2011

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Uma esperança...


Pensar as possibilidades de nos exprimirmos e criarmos suportes imaginativos ao serviço de comunidades educativas também é considerar a consistência do que sabemos ser. Vivemos durante décadas no reino que sonhava a escola como uma luta de classes, onde todos seriam excelentes, numa sociedade moralmente relacionada com um facilitismo imprudente. Perguntamo-nos muitas vezes porque não sabemos ser competitivos e audazes como sociedade se acedemos a ferramentas semelhantes e se vivemos no mesmo mundo.

Durante anos alguns pensaram que o País apenas precisava de paradigma novo, uma espécie de oráculo que no fim alguma inteligente e bem preparada classe política acabaria por perceber. Parecia simples e era apenas uma questão de paciência até termos uma oportunidade de experimentar a simplicidade de lutar pelo estudo, pelo trabalho, pelo saber fazer, pelo mérito. Neste País onde o real não se inscreve na vida quotidiana e na vida pública, o prazer do saber, o gosto pelo belo e pelo admirável acabaria por triunfar.

É triste dizê-lo. Mas o conjunto de individualidades que governa o País e em especial o actual ministro que parecia tão bem preparado para perceber que a educação é realmente o factor transformador, apenas gere uma máquina calculadora. Os desastres comunicacionais, as opções contra as pessoas e contra o território, as escolhas educativas contra áreas vitais da aprendizagem (artes, tecnologia, dimensão de turmas) mostra-nos que este paradigma de uma sociedade evoluída e esclarecida são ilusões. O valor, o saber, que podia e devia estar associado à realização de provas de exigência são um álibi para se manter a mesma falta de decência para o que significa um regime democrático.

Resta uma pergunta. O que tem isto a ver com blogues e o digital? Tudo. Nós estamos a tentar perceber como funcionam os circuitos binários da comunicação, dos media, da expressão de valores e ideias partilhadas e colaborativas, ao mesmo tempo que se apresenta um patamar de subdesenvolvimento em relação às pessoas, aos recursos humanos não valorizados e ao funcionamento de espaços sem o essencial. Ainda não sabemos ser essa ousadia da companhia solitária e atenta do livro que se descobre e pensa. 

As decisões nunca são questionadas sobre a sua própria moralidade e vivemos tanto de Democracia, como os últimos imperadores do Império Romano, guardando as colunas do passado face ao futuro que não experimentamos. As Bibliotecas Escolares e as Escolas estão prisioneiras de um País sem visão e isso também tem muito que ver com a utilização do digital. As reais possibilidades do digital nas escolas está carente de um investimento nos aspectos simbólicos e não se construirá apenas pela existência de infraestruturas tecnológicas. Aguardemos que um dia esta simplicidade seja perceptível, para que a escola seja realmente um espaço de comunicação e de transformação de possibilidades.

(Imagem, via booklover.tumblr.com)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Práticas educativas e o digital

Numa formação de Web 2.0 faz todo o sentido pensar e reflectir sobre que relações podemos estabelecer entre as práticas educativas e o uso das ferramentas digitais. Apesar de todo o conhecimento acumulado nós, como sociedade não temos a mínima noção sobre o que nos trará o futuro da educação. Não sabemos que organização funcional terão as profissões no anos adiante, nem que tipo de evolução económica viveremos. Temos, pois na educação, como na sociedade uma imensa imprevisibilidade. Apesar de tudo, sabemos algumas coisas.

Sabemos que as tecnologias digitais são um suporte às transformações sociais e culturais que vamos vivendo. Sabemos que estas ferramentas favorecem a comunicação e alargam as possibilidades formativas dos alunos. Sabemos que a educação e o trabalho se desenvolvem em quadros colaborativos, de construção pessoal de identidades e de afirmação de suportes criativos. Mas há questões a colocar.

É necessário perguntar, que relação temos entre o uso das tecnologias educativas e o sucesso nos resultados escolares, na pluralidade das aprendizagens? Esta questão conduz-nos à questão essencial, está o digital a transformar o currículo e a qualidade do aprender na escola? Que implicação na aprendizagem e nos métodos tiveram programas como o PTE ou o E-Escolas? Foram mais que infraestruturas tecnológicas? Estavam suportadas pela motivação simbólica de pensar os conteúdos da aprendizagem também pelos necessários resultados escolares?

E uma última questão essencial. Houve envolvência da gestão das escolas/agrupamentos pela necessária liderança de projectos educativos que vissem nelas, oportunidades de aprendizagem, formas diferenciadas de construir conhecimento em suportes novos de expressão de valor e de capacidade? Houve o sentido de utilizar o digital como modo de comunicar na escola e com o meio social e cultural que a rodeia?

Estas são questões que nos mostram que as práticas educativas no digital são um meio que carece de entusiasmo, vontade e criatividade que entre nós estão muito longe de uma aproximação ao essencial, para que sejam ferramentas de transformação. Sem conteúdo simbólico, as ferramentas digitais serão uma vista agradável, interessante, uma espécie de "Peter Pan" do nosso deslumbramento, mas pouco acrescentarão à necessária possibilidade de aprender e participar numa sociedade dominada pela informação.